Como homenagear àquelas a cujo gênero pertenço? Ou em outras palavras:
O que escrever sobre as mulheres, sendo eu uma delas?
Admito que poderia organizar argumentos, concatenar idéias, ser lógica e defender posturas em nome de alguma justiça, por reconhecimento da luta histórica daquelas que um dia precisaram deixar suas casas e filhos e enfrentar longas horas de trabalho árduo nas fábricas da “Revolução da Indústria”, e serem tratadas como desiguais em seus direitos trabalhistas... e humanos.
Embora a homenagem às mulheres esteja partindo de uma mulher, eu garanto que a linha de pensamento poderia seguir por aí... Mas vou tirar minha vantagem de falar por/para elas, sendo eu mesma, cristã, reconhecendo a igualdade inerente a todos os seres humanos como ponto de partida, sendo filha, irmã, amiga, arte-educadora...
A mulher foi criada por Deus para preencher e completar o mundo, dotada de sentidos, habilidades e uma magnífica complexidade, para representar alguns atributos do próprio Deus na terra. Assim como o homem, não foi feita para estar sozinha, mas para constituir... não apenas ao homem, e vice-versa, mas para completar a unidade de toda a Criação.
Ainda não sou mãe, mas penso que muito do “à nossa imagem e semelhança” se reflete neste ato. O divino se revela em nós quando vemos alguém saindo de nós mesmas, porém não sendo “nosso”. Coloco entre aspas, pois o pertencer em ambos os casos (tanto referentes à criação divina, quanto à maternidade-paternidade humanas) para mim são inquestionáveis. No entanto, há algo no amor que é revelado como escolha. E esta capacidade de se entregar ao Amor sem esperar nada em troca, é divina. E é justamente esta Graça que impulsiona o desejo de retribuição.
Me orgulho de ser mulher ao olhar para a história e reconhecer grandes revoluções provocadas pela ação de mulheres fortemente frágeis, indissoluvelmente honestas, suavemente profundas, altruistamente compassivas e sensivelmente corajosas, na ordem do mundo, mas, principalmente no dia-a-dia, através dos braços, colo e sorriso das inúmeras mães, donas-de-casa, profissionais, empresárias, atletas, filósofas, poetisas, artistas, camponesas, professoras, escritoras, musicistas, teólogas, profetas, cozinheiras, crianças, tias, avós, sobrinhas, esposas, mártires, cientistas, doutoras, matriarcas, líderes, servas, viúvas...
Para aquelas que tornam o mundo mais belo e um tanto mais amável, dedico este poema do escritor francês Vitor Hugo:
“O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro; A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda,
o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão; A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence,
as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece,
o martírio sublima.
O homem é um código; A mulher é um evangelho.
O código corrige;
o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; A mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; A mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.”
Homenagem de Nejmi Jomaa em suas redes sociais
Eu sou mulher e decidi viver de escolhas, não de chances. Optei por ser motivada e não manipulada, ser útil , me sobressair, não competir. Eu escolhi amor próprio e não autopiedade. Eu escolhi ouvir minha própria voz, não a opinião dos outros. Eu descobri que ser mulher é ser livre, é ser líder, senhora do meu destino.
Lugar de mulher é onde ela quiser.
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Parabéns a todas as delicadas, fortes, guerreiras, românticas… Mulheres! Feliz Dia Internacional da Mulher!
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